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14 December 2012

Manuscritos merovíngios e carolíngios

A Biblioteca Municipal de Lyon tem uma oferta invejável de materiais digitalizados disponíveis on-line. Entre eles, na página Manuscrits mérovingiens et carolingiens, um conjunto de 55 “manuscrits” (código secreto francês para “‘códices’”) escritos entre o século V e o século X. (Consultar a Lista dos Manuscritos)
Sto. Hilário de Poitiers, Tractatus super Psalmos. Ms. 452
Pertenceram à antiga biblioteca episcopal e a sua existência deve-se em grande parte à acção do diácono Florus, teólogo especialista em Sto. Agostinho, que recolheu e mandou copiar inúmeros códices. A maioria é constituída por livros de estudo, sem ornamentação, escritos em magnífica letra uncial, como o Tractatus super Psalmus do século V, em minúscula primitiva (semi-uncial) ou carolina — p. ex. o manuscrito com a Lex Romana Wisigothorum, do século IX (ante 860), com rubricas em capital rústica:
Lex Romana Wisigothorum, Ms. 375





Um ou outro, porém, devidamente  merecedor de tratamento especial no site, destaca-se pela beleza da iluminura.

Evangelhos, Ms. 431







Evangelhos de meados do século IX (post 835).
«Peintures remarquables aux canons (f.7v - 11) et au commencement des quatre Évangiles (f.11v - f.12, f.71v - f.72, f.115v - f.116, f.183v - f.184)»

Aqui o fl. 12r, com a palavra «LIBER».

3 August 2012

Tesouros em Sélestat

Beatus Rhenanus
A Bibliothèque Humaniste de Sélestat (França) data de 1452. Contém manuscritos e impressos da biblioteca da famosa escola latina de Sélestat (1450–1530) e o espólio do humanista e classicista Beatus Rhenanus (Beato Renano).
Decorre desde 2009 o projecto de digitalização integral e disponibilização on-line das obras conservadas na Biblioteca Humanista.

Damião de Góis, por Albrecht Dürer
Entre outras pérolas, estão disponíveis um caderno de apontamentos de Beato Renano, estudante em 1505 na Universidade de Paris e, entre a correspondência recebida, duas cartas de Damião de Góis, uma datada de 24 de Novembro de 1540, e outra de 1 de Junho de 1542 (ambas publicadas por Amadeu Torres no vol. IX dos Portugaliae monumenta Neolatina, Damião de Góis, Correspondência Latina. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2009).

Para além da importância que as cartas terão para os estudiosos da cultura humanista portuguesa, saliente-se o facto de a carta de 1540 ser inteiramente autógrafa (a de 1542 tem só a assinatura de Damião de Góis no final).

Uma biblioteca digital cuja consulta se recomenda vivamente.


3 July 2012

Álvaro Fragoso, uma escrita invulgar num percurso arquivístico atribulado

Em 1990, Armindo de Sousa, no seu seminal trabalho sobre as cortes medievais portuguesas, elaborou uma extensa anotação sobre um documento em papel, de natureza invulgar, que encontrou na Torre do Tombo, com a cota Suplemento de Cortes, maço 2, doc. 19bis. Nesse caderno, truncado, e onde o autor se identificava como Álvaro Fragoso, eram alistados os vários documentos que se encontravam no cartório camarário eborense e que continham sobretudo capítulos de cortes, sendo o seu conteúdo resumido sumariamente. Foi redigido nos anos finais do século XV. Inicia-se esse documento no fólio xbij, já a meio do resumo de capítulos das cortes de D. Duarte de 1433, e termina no verso do fólio xxxij, com os resumos dos capítulos das Cortes de Lisboa de 1498, constituindo assim um caderno de 8 bifólios.


Ora, Armindo de Sousa aventara, com precisão, que se trataria de um instrumento de trabalho, mas não acertou quanto ao seu objectivo. Arriscara o insigne autor que se trataria de um documento que serviria à cidade em ulteriores cortes para elaborar os seus agravos e reagir de forma expedita às negociações com outras representações parlamentares e com a Coroa.
Um outro documento existente na Torre do Tombo lança uma primeira pista sobre a função daqueles resumos. Trata-se do Núcleo Antigo 15. O seu confronto com o primeiro documento que descrevemos apresenta uma clara afinidade paleográfica e material. A escrita muito característica de Álvaro Fragoso salta à vista, com a sua rejeição do comum encadeamento das letras numa cadência regular muito estilizada, singela e angulosa que evidencia uma perícia invulgar. A numeração deste segundo documento inicia-se no fólio Lj e termina no fólio [Cbij] e uma comparação dos dois documentos confirmou terem feito parte de uma unidade primeva à qual foram sonegados ainda os fólios xxxiij a L... As marcas de água nos dois documentos são iguais (exceptuando o último caderno da segunda espécie) e as medidas das folhas são praticamente iguais com diferenças nos vários fólios inferiores a 5mm.


O que contém este Núcleo Antigo 15? Documentos régios outorgados à câmara de Évora: privilégios, respostas a agravos e sentenças, bem como ordenações e leis régias; mas também documentos de natureza memorialista concernente à moeda, pesos e medidas em vigor desde o tempo de D. Dinis. Confirma-se assim a convicção de Armindo de Sousa de que Álvaro Fragoso laborara intensamente na produção de um valioso instrumento de trabalho. Mas, com que fim?
No âmbito da reforma dos forais iniciada em 1496, trabalhava-se afincadamente na câmara de Évora na viragem do século. Era necessário negociar com a representação régia as novas cláusulas foraleiras e precaver os privilégios da cidade. Um homem, em particular, assumiu as rédeas do processo da parte da câmara de Évora e da região. Era precisamente Álvaro Fragoso, cuja peculiar caligrafia o trai num terceiro documento que encontrámos: os apontamentos que coligiu sobre a reforma do foral eborense, em particular sobre os novos preços cobrados pelos rendeiros da portagem na cidade e que, a seu ver, em muito prejudicavam os seus moradores (TT, Gavetas, XX-11-38 — o papel, dimensões e marca de água diferem dos outros dois documentos). O que nos interessa para o caso são os instrumentos que ele produziu no âmbito desta negociação com a Coroa. A dado passo, no verso do terceiro fólio deste último documento, a propósito das “cousas que se mostra de que se leua portajem”, Fragoso é claro: “porque no cartoreo e arcas da camara desta çidade se nom acha outra escritura a jsto tocante senom este antigoo e verdadeyro forall senpre guardado e costumado”, aludindo então expressamente a diversos diplomas régios que defendiam a posição eborense, “O quall priujllegeo e cartas delle com a confirmaçam de vosa alteza a dicta çidade aquy apresenta”.


Verificamos assim, à luz das características paleográficas, que o Suplemento de Cortes maço 2, doc. 19bis e o Núcleo Antigo 15 foram redigidos por Álvaro Fragoso, enquanto representante da cidade de Évora, para defender os interesses da câmara no âmbito das negociações para a emissão de um novo foral, e para além delas, inclusivamente num âmbito regional. É que Álvaro fragoso era também, já em Novembro de 1500, “procurador emlegido pera os feitos dos foraees dos povoos e lugares da comarca d’antre Tejo e Odiana” num feito que corria entre o concelho de Odemira contra o Conde de Odemira e, mais tarde, em Julho de 1503, também o procurador da câmara de Évora num pleito que correra no despacho dos feitos dos forais, portagens e direitos reais dos Reinos e que opunha a edilidade eborense ao alcaide-mor da cidade, D. Henrique Henriques.
São assim três documentos com percursos arquivísticos muito diversos e que convergiram ao longo do tempo para uma única instituição, o Arquivo Nacional, com partida em Évora e hipotéticas passagens por Santarém e Merceana (de acordo com as indicações arquivísticas apostas nos primeiros dois documentos), até chegarem à capital do Reino, e agora unidos por um fio condutor comum, o traço de Álvaro Fragoso. O seu percurso individual bem como o dos documentos que ele redigiu merecerão um estudo mais acurado no futuro.

31 May 2012

A propósito… mais grego antigo

Em 1998 foi a leilão o códice que passou a ser conhecido como o palimpsesto de Arquimedes. Adjudicado por dois milhões de dólares por um comprador particular que ainda permanece anónimo, o «dirty old book» foi depositado no Walters Art Museum (Baltimore, Maryland) nas mãos de William Noel, o responsável pelo departamento de Manuscripts and Rare Books. (Noel tem um blog chamado Parchment and Pixels)

A Importância do códice era já conhecida desde 1906, quando o filólogo e classicista dinamarquês Johan Ludvig Heiberg (1854–1928) descobriu que, sob o texto grego das orações da Igreja Ortodoxa escrito em 1229, se encontrava outro — da segunda metade do século X —  com um texto perdido de Arquimedes.

Além deste, foram entretanto identificados outros textos desconhecidos ou perdidos de Arquimedes e de Hipérides, e Comentários também desconhecidos à obra de Aristóteles, Categorias.

A fantástica história do tratamento a que o códice foi sujeito para permitir a recuperação da scripta inferior pode ser vista neste video apresentado por  William Noel numa das sessões das TEDTalks de Abril passado.

Toda a informação sobre o códice, o tratamento a que foi submetido, imagens digitais dos fólios e textos pode ser vista no site do projecto The Archimedes Palimpsest. Os interessados podem ainda aceder aos dados textuais, livremente disponibilizados aqui.

30 May 2012

Curso de Verão — Paleografia Grega

Curso — Paleografia Grega
Responsável — Rui Miguel Duarte
Data — 19 a 28 de Junho 2012
Local — Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Inscrições até 15 de Junho de 2012.
“Este curso terá uma vocação prática, e consistirá
essencialmente em exercícios de leitura, interpretação paleográfica e transliteração. Pretende-se com ele iniciar os formandos na problemática da leitura dos manuscritos gregos, da Antiguidade à altura do Renascimento; designadamente:
  • que reconheçam características das diversas tipologias alfabética uncial e minúscula, bem como de convenções gráficas como abreviaturas, ligaduras e nomima sacra;
  • que valorizem aspectos de fonologia histórica da língua grega na leitura como factores que potenciam erros de cópia;
  • que proponham soluções para os problemas (confusões entre abreviaturas, erros de cópia) que estes elementos colocam à leitura paleográfica, através da transliteração.
Finalmente, embora este curso não os toque, será visto em complementaridade com outros domínios, como a crítica textual, a ecdótica ou a codicologia, numa conjunção de saberes que permitirão, àqueles que eventualmente estejam interessados, abalançar-se à edição de textos gregos.”
Programa e informações em http://www.fl.ul.pt/cec-formacao/cursos-livres/1519-paleografia-grega

28 May 2012

Colóquio — Manuscript Studies in the Digital Age

5th Annual Lawrence J. Schoenberg Symposium on Manuscript Studies in the Digital Age
University of Pennsylvania
16-17 Novembro 2012

Taxonomies of Knowledge

In partnership with the Rare Book Department of the Free Library of Philadelphia, the University of Pennsylvania Libraries are pleased to announce the 5th Annual Lawrence J. Schoenberg Symposium on Manuscript Studies in the Digital Age. This year's symposium considers the role of the manuscript in organizing and classifying knowledge. Like today's electronic databases, the medieval manuscript helped readers access, process, and analyze the information contained within the covers of a book. The papers presented at this symposium will examine this aspect of the manuscript book through a variety of topics, including the place of the medieval library in manuscript culture, the rise and fall of the 12th-century commentary tradition, diagrams, devotional practice, poetics, and the organization and use of encyclopedias and lexicons.
Participants include:
  • Katharine Breen, Northwestern University
  • Mary Franklin-Brown, University of Minnesota, Twin Cities
  • Vincent Gillespie, University of Oxford
  • Alfred Hiatt, University of London
  • Eric Ramirez-Weaver, University of Virginia
  • Lesley Smith, University of Oxford
  • Emily Steiner, University of Pennsylvania
  • Peter Stallybrass, University of Pennsylvania
  • Joanna Weinburg, University of Oxford
Registration fee is $35 ($10 for students with valid student ID).  Registration opens August 15.

For further information, please contact Lynn Ransom at lransom@pobox.upenn.edu

Página do Colóquio:

27 May 2012

Escritas cursivas — workshop internacional

VI encontro do Seminário internacional permanente sobre escritas cursivas
Università degli Studi, Sala del pianoforte (vicolo Florio, 4)
Udine, 8 de Junho 2012

Le scritture corsive
tra oriente e occidente

Programa

Manhã
9.30 - GUGLIELMO ANTONUTTO (Università degli Studi di Udine),
La scrittura dal punto di vista della motricità
10.00 - Per una paleografia comparata delle scritture corsive:
PAOLA DEGNI (Università degli Studi di Bologna),
La corsiva greca di età romana
MAURO PERANI (Università degli Studi di Bologna),
La corsività interculturale delle scritture ebraiche
ARIANNA D’OTTONE (Sapienza - Università di Roma),
Scrittura araba e corsività. Alcune note
AYDA KAPLAN (Centre d’Études sur le Chrétiens d’Orient - Bruxelles),
La cursivité dans les écritures syriacques
12.00 - Discussione
13.00 - Pranzo
Tarde
15.00 - DENIS MUZERELLE (IRHT, Paris),
Retour sur d’anciennes hypothèses concernant le biseautage de la plume
15.30 - MARIA CRISTINA ROSSI (Scuola Normale Superiore, Pisa),
Le scritture degli intellettuali delle università medievali: l’esempio di Tommaso d’Aquino
16.00 - TERESA WEBBER (Cambridge University),
Further thoughts on the development and dissemination of Anglicana in the early fourteenth century: the career of Master Elias de Couton
16.30 - MARIA GURRADO (Paris),
Morfologia delle scritture librarie medievali: l’esempio della lettera s tra XIII e XV secolo
17.00 - Discussione

Organização
Laura Pani
Dipartimento di Studi umanistici
Università degli Studi di Udine
via Mazzini, 3
33100 UDINE
tel. + 39 0432 556655
laura.pani@uniud.it


22 May 2012

Colóquio ‘O que é a escrita?’

colóquio interdisciplinar

Instituto para a Investigação Interdisciplinar da Universidade de Lisboa
29 de Maio de 2012
16:00

tema: O que é a escrita?

responsável: Rita Marquilhas


5 May 2012

Call for papers

International Medieval Congress
Leeds, 1-4 Julho 2013

Tema principal: “Pleasure”



data limite: 31 de Agosto de 2012

The IMC seeks to provide an interdisciplinary forum for the discussion of all aspects of Medieval Studies. Paper and session proposals on any topic related to the European Middle Ages are welcome. However, every year, the IMC choses on specific special thematic strand which – for 2013 is 'Pleasure'.

Pleasure is a universal human experience, but its components, evaluation, and meaning, and the contexts in which it is, or is not, a legitimate feeling and form of behaviour vary according to cultures and among individuals. Pleasure can be brought on by sensory stimulation, by aesthetic appreciation, by practising an activity, by sharing a common experience with others - or even all of these together (as in the case of the experience of sexual love). The crucial importance of pleasure in medieval living, as well as its multiple facets, constitute the reasons why the IMC has chosen for its special thematic focus for 2013:

Areas of discussion could include:
• Diverging cultural attitudes toward pleasure
• Pleasure in non-Christian contexts
• Earthly pleasure versus spiritual pleasure
• Visual and narrative representations of pleasure
• Social and corporeal manifestations of pleasure
• Pleasurable activities
• Individual and collective experiences of pleasure
• Prohibition and condemnation of pleasure
• Chastity, celibacy, fasting, and abstinence
• Love / sexuality / pleasures of the flesh - and their specific cultural expressions
• Medical theories and approaches to pleasure
• Mysticism, spirituality, and pleasure
• Creating and/or experiencing pleasure
• Entertainment and leisure
• Humour and fun
• Material culture and evidence of pleasure
• Pleasure and luxury / cultural goods / worldliness


4 May 2012

Les Musées des lettres et des manuscrits


Dans ce lieu entièrement conçu pour la mise en valeur du patrimoine de l’écrit, nous présenterons quelques-uns des 80 000 manuscrits que nous nous enorgueillissons de mettre à disposition du public belge et international, tant il est vrai que l’amour de l’écrit ne connaît pas de frontières.

C’est ainsi au cœur vivant de l’Europe que ce musée privé conserve et expose les témoignages des plus grands hommes et femmes de l’art, de l’histoire, des lettres et des sciences, à travers la découverte si passionnante et émouvante des écrits qui ont composé l’Histoire.

Fidèles à notre volonté d’ouverture et de partage, nous ouvrirons grand les portes de nos collections aux chercheurs, aux publics scolaires, aux amateurs de tous âges et de tous centres d’intérêt (…)
Gérard Lheritier
Président du Musée des lettres et manuscrits


Le 15 avril 2010 le Musée des lettres et manuscrits a ouvert ses portes au 222 boulevard Saint-Germain à Paris.

Cet immeuble haussmannien, situé dans le secteur sauvegardé du 7ème arrondissement de Paris, a été entièrement réaménagé afin d’offrir aux écrits de Proust, Hugo, Sand, Saint-Exupéry, Napoléon, Eisenhower, de Gaulle, Einstein, Edison, Delacroix, Van Gogh, Mozart, Beethoven et des centaines d’autres grandes figures de notre histoire, un écrin à leur mesure.

Parmi les quelque 70 000 lettres, manuscrits, autographes, dessins et éditions originales que comptent les collections du musée, nous avons choisi, sur une surface de 600 m2, d’en présenter un millier parmi les plus significatifs, en quelque sorte les fleurons qui illustrent le mieux chacune des grandes thématiques proposées à travers le parcours de visite : l’histoire, les sciences et découvertes, la littérature, les arts, la musique. (…)


2 May 2012

Call for papers

XVIIIe Colloque international de paléographie latine
Saint-Gall, 11-14 Setembro 2013

Le Scriptorium: Nature, fonctions, spécificités

Sessão da APICES e Posters

Título: “Tendences et résultats récents
de la recherche paéographique et codicologique”



data limite: 31 de Outubro de 2012


Le Bureau du CIPL a aimablement décidé de confier à APICES l'organisation des deux manifestations suivantes:
  • Une session d'actualités scientifiques, destinée à mettre en lumière des projets récemment mis en route ou les résultats partiels d'initiatives scientifiques dues à des chercheurs de formation récente;
data limite: 31 de Outubro de 2012

  • Une session d'affiches, consacrée à la présentation synthétique de projets, de travaux en cours, de recherches récemment achevées, et plus spécialement destinée aux jeunes chercheurs.
data limite: 15 de Março de 2013


Les chercheurs intéressés à participer à l'une de ces manifestations sont invités à envoyer leur proposition au Secrétariat de l'Association (secretariat.apices @ cnrs-orleans.fr), selon les modalités définies pour chaque cas.


23 March 2012

Provas de Mestrado


Mestrando: Licenciada Ana Cristina Pereira da Silva Ferreira 
Título da DissertaçãoAnálise Paleográfica de uma escrita de Chancelaria Régia:                                             A letra Joanina, 1370–1420.
Área Científica: História, especialização em Paleografia e Diplomática
Data: 29 de Março de 2012, às 15:00
Local: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sala 2.13
Nota final: 17 valores
Parabéns, Ana!

20 March 2012

Livro dos sinais públicos de tabeliães e escrivães

A ordenação da nova ordem do juízo de D. Sebastião, dada em Lisboa a 28 de Novembro de 1577 e publicada a 28 de Janeiro de 1578 (disponível em http://purl.pt/15199), dispunha no seu §19 o seguinte:


As Ordenações Filipinas, publicadas em 1603, incorporaram esta disposição no Livro I, tít. 1, §44:

“E mandamos que na Relação haja hum livro assinado e numerado per hum Desembargador, que o Regedor ordenar, que o mesmo Regedor terá fechado de sua mão; no qual todos os Tabelliães e Scrivães das Cidades, Villas, Concelhos e Lugares do districto da Casa da Supplicação, quando tirarem as Cartas de seus Officios, farão os sinaes publicos, de que houverem de usar, e hum termo de sua letra, para na Relação, quando cumprir a bem de justiça, se poderem ver e cotejar os ditos sinaes e letra. E outro tal livro haverá na Casa do Porto, para os Tabelliães e Scrivães dos Lugares e Concelhos do seu districto.”

O livro da Casa da Suplicação (disponível em http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4162682) foi feito a 31 de Janeiro de 1578 por ordem do Regedor Lourenço da Silva, que ordenou ao Doutor André Velho, Desembargador da Casa da Suplicação, que assinasse e numerasse o livro.

Para além do registo dos sinais públicos dos tabeliães e escrivães do distrito da Casa da Suplicação (que abrangia o Algarve, as comarcas de Entre-Tejo-e-Guadiana e Estremadura – excepto as correições de Coimbra e Esgueira – e a correição de Castelo Branco), o livro conserva ainda provimentos de oficiais de justiça da Casa da Suplicação entre 1651 e 1665 (a partir do fl. 263).

12 March 2012

A(s) gótica(s) — ainda e sempre

Três entradas recentes sobre a escrita gótica em blogs de nota:


Dom Duarte, Leal Conselheiro
(f. 77r do ms. BNF, Département des Manuscrits, Portugais 5)

5 March 2012

Alessandro Pratesi – Homenagem

No Osservatore Romano de 29 de Fevereiro (na pág. 4), um artigo da paleógrafa e diplomatista italiana, Giovanna Nicolaj, dedicado à memória de Alessandro Pratesi: “L’ultimo dei formidabili”.

1 March 2012

Portulano de Diogo Homem (1572)

Diogo Homem foi, tal como seu pai Lopo Homem, um dos grandes cartógrafos portugueses do século XVI. Degredado para o Norte de África por crime de homicídio, Diogo Homem viveu quase toda a vida em Inglaterra.

Cartógrafo prolixo, produtor de atlas extensos e cartas-portulanos de grande mestria artística, é também louvado pela qualidade técnica do seu trabalho. O portulano de c. 1566, doado por Marcel Destombes à Biblioteca da Universidade de Coimbra é, possivelmente, a sua obra de maior renome.

Está disponível no repositório digital gallica (da Bibliothèque Nationale de France) um portulano de pequena extensão (7 cartas), datado de Veneza, 1572: Bibliothèque nationale de France, Département des manuscrits, Portugais 45.

Estou fascinada com a beleza das rosas-dos-ventos.

25 February 2012

Análise computacional de escritas – 2

Na Faculdade Nacional de Engenharia da Universidade de Sfax, na Tunísia, sob a direcção do Doutor Adel M. Alimi, funciona desde 1997 o REGIM, “Research Group on Intelligent Machines”. Segundo a descrição na página de apresentação, o grupo dedica-se à pesquisa e desenvolvimento de máquinas inteligentes.

Uma das equipas/linhas de investigação, Intelligence knowledge of figures and Manuscripts, trabalha sobre manuscritos, explorando processos de reconhecimento automático de padrões e detecção de características gráticas. Cito:
We can introduce the following fields: 
  • The recognition of the Arabic writing, 
  • the knowledge of numbers, 
  • modeling of the manuscript wrinting
  • PDA, 
  • Arabic OCR, 
  • the signature recognition, 
  • automatic processing of cheques and mailing envelopes, 
  • the analysis of ancient documents… 
  • Segmentation, classification, combination of classifiers, the extraction of characteristics, advanced classification, learning…
Esta equipa publicou em 2006 dois artigos (ou um artigo em duas versões...) em que se demonsta a utilização da trignometria (especificamente, algo chamado ‘co-ocorrência’) para a classificação de escritas:
  1. «Discrimination des styles d’écriture des manuscrits médiévaux pour la Paléographie»
  2. «Auto-similarité de formes pour la discrimination des styles d’écriture des manuscrits médiévaux»
 (clickar nos títulos para aceder aos .pdf)

23 February 2012

Litterae Caelestes

Desde 2005 há mais uma revista científica, internacional, peer-reviewed, dedicada aos temas deste Quadrivium: Litterae Caelestes.
Dirigida por Fabio Fabio TRONCARELLI (Universidade de Viterbo), coadjuvado por Antonio MASTRUZZO (Universidade de Pisa) e Franco-Lucio SCHIAVETTO (Universidade de Roma), Litterae Caelestes publica artigos, informações, recensões críticas sobre temas de paleografia, diplomática, codicologia e história da escrita (ou, melhor, dos escritos).
Publica um número anual ou bianualmente e vai no número 3.
Tem edição impressa mas está também disponível no repositório digital eScholarship (da Universidade da Califórnia) em http://escholarship.org/uc/cmrs_litteraecaelestes.

1:1 2005
2:1 2007
3:1 2008-2009

19 February 2012

O Livro das Fortalezas de Duarte de Armas

Livro das Fortalezas foi feito por Duarte de Armas, escudeiro da de D. Manuel I, no século XVI. É contemporâneo do Manuscrito de Valentim Fernandes!
Tem desenhos a pena das fortalezas situadas no estremo entre Portugal e Castela e plantas de algumas delas.
Encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (que em boa hora recuperou o nome), com a cota sugestiva Códices e documentos de proveniência desconhecida, n.º 159, código de referência PT/TT/CF/159.
Disponível na plataforma Digitarq, o repositório digital da Torre do Tombo, em http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=3909707.

«Eeste liuro he das fortalezas que sam setuadas no estremo de portugall ⁊ castella feyto per duarte darmas escudeyro da casa do mujto alto ⁊ poderrosso e serenjsymo Rey ⁊ Senhor dom emanuell ho prymeyrro Rey de purtugall ⁊ dos algarues daquem ⁊ dallem maar em afryca Senhor de gujnee ⁊ da conqujsta ⁊ nauegaçaaom ⁊ comercyo de Ethiopia aRabya persia ⁊ da Jndia ⁊ cet.•»
Fortaleza de Monforte
Planta da fortaleza de Monforte

17 February 2012

O Manuscrito de Valentim Fernandes (c. 1507)

No âmbito do projecto de digitalização de manuscritos da Bayerische Staatsbibliothek de Munique (lista das colecções aqui), está disponível on-line a obra Descriptio Africae – BSB Cod. hisp. 27, mais conhecida pelo nome de Manuscrito de Valentim Fernandes. Valentim Fernandes, “alemão”, um dos grandes impressores do século XVI, terá enviado a Konrad Peutinguer vários relatos sobre viagens de navegação dos portugueses durante o século XV,  cópias de diários de bordo e mesmo da História de Guiné, de Zurara. O códice só foi descoberto no século XIX e foi publicado pela Academia das Ciências de Lisboa em 1940, editado por Joaquim Bensaúde.

15 February 2012

Aviso de abertura de concursos (FCT)

Concurso de Projectos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico – 2012
Aviso de Abertura
O presente aviso destina-se a projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico (IC&DT) em todos os domínios científicos.
6. Apresentação de Candidaturas
As candidaturas devem ser apresentadas à FCT, em língua inglesa nas suas componentes principais, em formulário próprio e submetidas electronicamente através do sítio https://concursos.fct.mctes.pt/projectos/.
A apresentação de candidaturas deverá ser efectuada sequencialmente, em função dos quatro Domínios Científicos, nas seguintes datas:
  • 4. Ciências Sociais e Humanidades, com candidaturas abertas entre 3 de Abril e as 17 horas (hora de Lisboa) de 3 de Maio de 2012.

9 February 2012

Modelos de descrição de escritas

DigiPal — Digital Resouce and Database of Palaeography, Manuscripts and Diplomatica — é um projecto liderado por Peter Stokes, paleógrafo inglês e professor no King’s College de Londres. Com o intento de formar um catálogo de centenas de imagens de manuscritos do século XI em letra anglo-saxónica (ou insular), e perante a necessidade de fornecer descrições de (cali)grafias tão completas e uniformes quanto possível, Peter Stokes pretende desenvolver um modelo descritivo das escritas medievais que permita pesquisa em bases de dados semelhantes. As suas propostas (reflexões) iniciais foram publicadas nas seguintes entradas do blog DigiPal:


Além dos comentários deixados por alguns leitores nas páginas do blog, Dominque Stutzmann, paleógrafo francês, investigador no IRHT, responde agora, no seu próprio blog, Paléographie Médiévale, com um texto excelente (a continuar) intitulado “Modélisation des signes graphiques (1)”.

Não se trata “apenas” de Paleografia Digital ou de Digital Humanities (termo que eu muito gostaria de saber como se traduz). Esta discussão vai mais fundo, toca em questões teóricas e práticas da disciplina, questões tão importantes e antigas como a terminologia, a integração do elemento feitura (ductus) na descrição de escritas, os modelos abstractos de categorização e classificação da escrita alfabética...

A seguir, com muita atenção!

6 February 2012

Europeana Regia – website


Um projecto impressionante: a reconstituição de bibliotecas régias. A quantidade de manuscritos que serão disponibilizados na íntegra é espantosa: 874. Uma fonte excelente para fazer estudos paleográficos, para ter acesso a textos e manuscritos de difícil acesso, para observar — com as limitações óbvias — aspectos codicológicos e artísticos.
The principal objective of Europeana Regia is to reconstruct, in the form of a virtual library, the most important European royal collections of documents from the Middle Ages to the Renaissance. This project will provide a means for researchers and the general public to access these rare and precious documents, through platforms such as Gallica, Belgica, Manuscripta Mediaevalia and Europeana, by 2012.

Managed by the Bibliothèque nationale de France (BnF), Europeana Regia unites five European libraries — the Bayerische Staatsbibliothek, Munich (BSB), the Universitat de València Biblioteca Històrica (BHUV), the Herzog August Bibliothek, Wolfenbuttel (HAB) and the Koninklijke Bibliotheek van België – Bibliothèque royale de Belgique (KBR) — and concerns almost nine hundred manuscripts that are representative of the political, cultural and artistic history of Europe.

This project focuses on three sets of manuscripts which are currently dispersed among different member States: Carolingian manuscripts, the manuscripts of the library at the Louvre in the time of Charles V and Charles VI, and the library of the Aragonese Kings of Naples.

5 February 2012

Call for papers

Colloque international Les Cisterciens et la transmission des textes (XIIe – XVIIIe s.)
Médiathèque du Grand Troyes, 22–24 novembre 2012

Tema: Le rôle des abbayes cisterciennes et de leurs collections de livres dans l’histoire de la transmission des textes.

Texto completo do call for papers, disponível em http://www.irht.cnrs.fr/cfp-cisterciens-transmission-textes-troyes

data limite: 15 de Abril de 2012

sugestões de temas
  • Domaines et formes des textes transmis : littérature séculière (classiques, histoire, droit, fiction, médecine) ou religieuse (Pères de l'Eglise, liturgie) ; prose ou poésie.
  • Les Cisterciens et les autres ordres religieux. 
  • Production et organisation des livres (bibliothèque et chancellerie, inventaires de livres des Cisterciens, rôle de l’imprimé…).
  • Les Cisterciens et l'étude (rapports avec le monde universitaire, Ordre cistercien et entreprises d'érudition…).

Les études sur les bibliothèques à partir du XIIIe siècle, dans des périodes moins étudiées par les historiens de l’Ordre, seront bienvenues. Les communications seront données de préférence en français (dans le cas contraire, un résumé ou le texte français de la communication seront distribués au public) et dureront 40 minutes. Une session de présentation de dossiers précis (ex. : rôle des Cisterciens dans la transmission d'un texte unique) sera organisée, avec des communications de 20 minutes. Les propositions devront préciser dans quelle catégorie elles doivent s'insérer.

Les propositions de communication, indiquant le nom et la qualité de l’intervenant, fourniront un résumé de la problématique et du contenu ne dépassant pas 3000 caractères. Elles seront envoyées avant le 15 avril 2012 à Anne-Marie Turcan-Verkerk, coordinateur de Biblifram (endereço electrónico).

4 February 2012

Análise computacional de escritas – 1


Maria Gurrado e Giancarlo Lestingi lançaram a versão beta de Graphoskop, um plugin da aplicação open source de processamento e análise de imagens ImageJ (que corre em todas as plataformas). Graphoskop é apresentado como uma ferramenta para medição de escritas a partir de imagens digitais. Acessível através da página Links ou clickando no nome que encima este parágrafo.

addenda: vd. a ‘visita guiada’ por Néstor Vigil Montes, no seu blog Conscriptio, aqui.

Artigo

Vem mesmo a propósito fazer aqui referência a um artigo colectivo que tem a data deste mês de Janeiro de 2012 mas está há já alguns meses disponível aqui. A revista é Pattern Recognition, o artigo, de A.A. Brink, J. Smit, M.L. Bulacu e L.R.B. Schomaker, intitula-se “Writer identification using directional ink-trace width measurements”.
no sumário:
As suggested by modern paleography, the width of ink traces is a powerful source of information for off-line writer identification, particularly if combined with its direction. Such measurements can be computed using simple, fast and accurate methods based on pixel contours, the combination of which forms a powerful feature for writer identification: the Quill feature. It is a probability distribution of the relation between the ink direction and the ink width. It was tested in writer identification experiments on two datasets of challenging medieval handwriting and two datasets of modern handwriting.
Não sei quanto tempo mais estará neste URL pelo que aconselho que o vão buscar rapidamente.

III – Importante, Interessante, Imprescindível

O blog de Dominique Stutzmann, Paléographie Médiévale (todos os links referidos nestes posts estão também na página Links) é uma mina de informação e uma fonte de reflexão ímpar. De especial relevância para as questões da terminologia paleográfica e de como pensar as formas gráficas, leiam este post:

AAA – ΑΔΛ – Alphabet, Ambiguïté et Actualité (paléographique) : l’ontologie des formes alphabétiques


2 February 2012

Academia Europaea – extractos

Enquadramento: A Academia Europaea (AE) é uma das instituições que aconselha a Comissão Europeia em questões de política científica. Tem-se pronunciado sobre a questão do apoio à investigação em Humanidades no âmbito do programa “The Role of the Humanities in the European Research Area” (ver aqui). O problema é tanto mais importante se atendermos a que, no ‘Sétimo Programa-Quadro para a Investigação e Desenvolvimento Tecnológico’ (FP7) da Comissão Europeia (“o principal instrumento da UE para financiar a investigação na Europa”), em vigor até 2013, o orçamento da «área prioritária» ‘Ciências Socioeconómicas e Ciências Humanas’ é o menor das 10 áreas do programa ‘Cooperação’ (v. folheto de divulgação).
Para quem não teve paciência para ler o texto publicado no post anterior, deixo alguns extractos:
While the public universities have gained greater autonomy to manage their resources, national governments have at the same time set tight(er) limits on public funding. As a consequence, most university authorities now avidly pursue outside funding, which leads to an assessment of academic research and the knowledge generated that is focussed almost exclusively with an eye on short-term economic benefit and research products for the global market. 
Further, the temptation for universities to invest almost exclusively in the ‘immediately profitable’ sectors of university life to the detriment of those perceived as less so, risks a grave unbalancing in the relationship between the applied and the ‘pure’ sciences generally, and especially between those sciences traditionally linked to business and industry (informatics, chemistry, biology, medicine etc.) and the humanities and social sciences.
Most recent European Commission documents on knowledge and innovation, have emphasised the central role of the social sciences and humanities as integral parts of the programme Horizon 2020. (…) However, we feel that there is an implication that these investments in scholarship and education could easily still be prioritised only in their ability to deliver outputs of “economic relevance”, rather than contributing as a cultural and societal good. ‘Innovation’ is used in a technocratic sense and not in the broader sense of intellectual creativity, which forms the basis of all research.
Modern mass universities are increasingly seen primarily through the lenses of costs, performance, number of students and exams. Protocols of benchmarking and statistical indicators applicable to the empirical and to the exact sciences are carried over to the humanities: peer-reviewed journal articles outweigh monographs, the name of the publisher, the number of citations, the impact factor of a journal reputation, and whether a publication is international or national, become all-determinative. As a result, smaller fields and subject disciplines become marginalized, and in many instances are phased out altogether. Larger fields and disciplines that do not ‘deliver’ along the lines of the preferred ‘industrial model’ are stripped of research funding and reduced to rote teaching of ever larger groups of students.
Especially important in this regard, is the preservation of research and teaching in the so-called ‘small subjects’ – not limited to, yet primarily in the Humanities and Social Sciences - which because of the economic and institutional pressures outlined above risk disappearing unnoticed state-by-state. (…) Many, if not all the smaller subjects mentioned, will simply cease to be studied if in Europe we abandon their pursuit
Recommendations 
Taking into account our assessment of the current situation of European research in the Humanities and Social Sciences as outlined above, the AE recommends to all concerned: 
1. to re-consider the issue of the evaluation of research in the Humanities and Social Sciences, discussing the use and abuse of bibliometrics, impact factors and peer-review criteria, for it is apparent that papers written by non-Anglophone scholars from institutions outside of the Anglophone world have significantly less chance of being accepted in international journals that the main metrics databases utilise;

31 January 2012

“Academia Europaea statement on the position of Social Sciences and Humanities in Europe”


«After consultation with the Section chairs of our Social Science and Humanities Sections; the Board have published the following paper.

This position paper is aimed at drawing public attention to several potentially dangerous facts and trends relating to the organisation and funding of science and scholarship (in its broadest sense) in Europe; which may soon result in non-recoverable losses in the Humanities and to some extent in the Social Sciences, especially in areas less related to the economic environment. At the same time, we suggest possible short and longer-time remedies and declare our determination to assist the European research community and the decision makers in minimising losses that will be unavoidable if the current situation remains unchanged.

30 January 2012

Alessandro Pratesi (1922-2012)

  Faleceu Alessando Pratesi, um dos Grandes Mestres da Diplomática e da Paleografia.  

Catedrático de Paleografia e Diplomática na Facoltà di Lettere da Università di Bari (1960–1966), Catedrático de Diplomática na Scuola Speciale per Archivisti e Bibliotecari da Università di Roma "La Sapienza" (1966–1992). Foi o primeiro Presidente do Centro de Estudos Internacionais “Giuseppe Ermini” em Ferentino (1985–1992).

       

28 January 2012

Projecto de Investigação – para seguir de perto!

Li hoje no Público – aqui – que Rita Marquilhas (linguista, investigadora em História da Língua) ganhou uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação no valor de 1,8 milhões de euros para publicar (on-line) e estudar a correspondência privada preservada nos processos da Inquisição e da Casa da Suplicação (entre os séculos XVII e inícios do XIX).

A Rita Marquilhas, tanto quanto sei, é a única pessoa em Portugal que estuda a língua escrita de semi-alfabetizados e, portanto, os testemunhos gráficos do tipo que Petrucci designa por «scritture elementari di base», que nos chegam por via da correspondência privada. (v. Scrittura ed epistolografia, Roma, Gangemi, 2004 ou Scrivere lettere. Una storia plurimillenaria, Roma-Bari, Laterza, 2008).

Muitos parabéns e votos de estrondoso sucesso!

Livro

Nova colectânea de artigos de M. B. Parkes: Pages from the Past: Medieval Writing Skills and Manuscript Books, editado (à inglesa) por Pamela Robinson e Rivkah Zim e publicado pela Ashgate
Sai em Fevereiro mas já se pode comprar na Editora (com desconto de 20%): descrição e preço aqui.

Tábua

Part I Scribes and Scripts
  • The Hereford Map: the handwriting and copying of the text
  • Richard Frampton: a commercial scribe c.1390–c.1420
  • Patterns of scribal activity and revisions of the text in early copies of works by John Gower
  • Archaizing hands in English manuscripts   
Part II Punctuation  
  • Latin autograph manuscripts: orthography and punctuation
  • Punctuation and the medieval history of texts
  • Medieval punctuation and the modern editor  
  • Punctuation in copies of Nicholas Love’s Mirror of the Blessed Life of Jesus
Part III Readers
  • Rædan, areccan, smeagan: how the Anglo-Saxons read
  • Folia librorum quaerere: medieval experience of the problems of hypertext and the index  
  • Stephan Batman's manuscripts
Part IV Book Provision
  • History in books’ clothing: books as evidence for cultural relations between England and the Continent in the 7th and 8th centuries  
  • The compilation of the Dominican lectionary
  • The provision of books

27 January 2012

Late Medieval English Scribes

Late Medieval English Scribes is an online catalogue of all scribal hands (identified or unidentified) which appear in the manuscripts of the English writings of five major Middle English authors: Geoffrey Chaucer, John Gower, John Trevisa, William Langland and Thomas Hoccleve.
Citado do website do Catálogo electrónico.

Responsáveis: Professor Linne R. Mooney, University of York (Principal Investigator), Dr Simon Horobin, University of Oxford (Co-Investigator), and Dr Estelle Stubbs, University of York (Research Associate), and Honorary Research Fellow, Humanities Research Institute (HRI), University of Sheffield.

Muitíssimo interessante, bem pensado e bem executado. A parte da descrição dos caracteres é a mais fraca e denota ausência de reflexão. Mas, quem dera…

26 January 2012

Call for papers

Centre for Medieval Studies at the University of Bergen
School of English at the University of Leicester
University of Bergen, 3rd-5th June 2012

Título: “Writing Europe before 1450: A Colloquium”


data limite: 31 de Janeiro de 2012
excerto

How did local writers, compilers and readers use writing to inscribe regional identity within broader conventions or, on the other hand, impress 'universal' practices and constructs on local populations? In what way did the spread of sacred writing from the Mediterranean to the northern and eastern edges of Europe contribute to or reflect the creations of (both material and cultural) peripheries and centers? What were the different markets for books; can we characterize their developments and differences? How do the dynamics (e.g. the production, consumption and regulation) of this textual culture in the Latin West compare with those found in other places and periods? What new or existing methodologies can be employed to map the geographies of written words across Europe? Finally, to what extent does the examination of these issues support or undermine temporal and geographical bifurcations of the world into modern and 'not'.

Call for papers

We welcome proposals from scholars working on writers, book production and use, and responses to texts in any language up to 1450. Abstracts (300 words or less) for papers (20 minutes) should be submitted on-line using the form provided.

Call for papers

Oxford/Cambridge International Chronicles Symposium
University of Oxford, 5-7 July 2012
The conference will take place at The Ioannou Centre for Classical and Byzantine Studies.


Tema: “Bonds, Links, and Ties in Medieval and Renaissance Chronicles”


data limite: 31 de Janeiro de 1012

Call for Papers

Abstracts of no more than 300 words for papers of 20 minutes must be submitted to the organizers via e-mail (at ocics@history.ox.ac.uk) by 31 January 2012.

Topics may include, but are not limited to:
  • genealogies (real or imagined) 
  • family bonds 
  • textual links 
  • breaks and discontinuities 
  • links between past, present, and future 
  • ties of religion and faith 
  • law, order, and disruption 
  • oaths, promises, and betrayals 
  • local, regional, and national identities

Call for papers

XVIII Colloque international de paléographie latine
St Gallen, 11-14 • IX • 2013

Tema: “O Scriptorium”

Texto completo do call for papers, disponível em várias línguas em http://www.palaeographia.org/cipl/stGall/index.htm

data limite: 1 de Junho de 2012
excerto

1. The word and its meaning
a) The use and usage of the word scriptorium (and its synonyms); the evidence of different kinds of source (literary, iconographic, etc.) for its existence as an institutional entity.
b) In what ways have scholars and writers of the classical, post-medieval and contemporary periods used the term or expressed the same concept?




25 January 2012

Concursos para projectos de investigação (FCT)

«Na sequência de orientações superiores, a Fundação para a Ciência e Tecnologia informa que abrirá em 2012 os seguintes concursos, abrangendo todos os domínios científicos

1. PROJECTOS
Concursos abertos sequencialmente em quatro áreas científicas:
a) …
d) Ciências Sociais e Humanidades, com candidaturas abertas entre 3 de Abril e 3 de Maio de 2012.

Provas de Mestrado

Mestrando: Licenciado Jorge André Nunes Barbosa da Veiga Testos
Título da Dissertação: Sentenças Régias em Tempo de Ordenações Afonsinas (1446-1512).                                             Um Estudo de Diplomática Judicial
Área Científica: História, especialização em Paleografia e Diplomática
Data: 14 de Fevereiro de 2012, às 15:00
Local: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sala 5.2

19 valores
Parabés, Jorge!